SUBVERTA

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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Igreja: Prostituta ou Santa?


Por Marcello Comuna
As duas coisas!

(Pausa para efeito)

Antes que você me chame de um herege demoníaco, deixe me explicar. Permita me conceituar os dois tipos de igreja que tenho em mente nesse texto.

Igreja Orgânica.

Fundada por Cristo através da comunhão dos seus seguidores, aquela onde dois ou mais se reúnem em torno do nome de Jesus.

Igreja Empresa.

Aquela feita de tijolos, cimentos, títulos, cargos, esquemas partidários e grandes redes denominacionais.

A primeira é santa e imaculada.

Está sendo ornada, preparada, seguindo por um caminho estreito, sem medo, pagando um preço alto para se manter pura. É a Noiva indo ao encontro do seu Noivo.

A segunda é prostituta.

Deveria ser uma amplificação da primeira, infelizmente, há muito tempo, se prostituiu, virou empresa no negócio do evangelho.

A primeira adora a Deus em espírito e em verdade, faz a caridade voluntariamente, sem propaganda, seguindo a instrução do Mestre. Caminha de mãos dadas com os pequeninos, auxilia, instrui, faz o assistencialismo, mas também ensina pescar. Subverte o status quo babilônico com o amor do evangelho.

A segunda adora ao homem, prega um “EUvangelho” triunfalista, é exibicionista, gosta de estar no rádio, na televisão, pratica a prostituição política/religiosa. Como uma garota de programa, não beija na boca, não demonstra carinho e afeto, apenas abre as pernas, deixando claro o vinculo profissional. É o prazer em troca de dinheiro. Pague e ela falará tudo o que você quiser ouvir, afagara o seu ego, ofereça vantagens e ela manipulará seus clientes a votarem em você.

A primeira está dentro da segunda?

Sim! Mas a segunda não está dentro da primeira!

Dentro dos bordéis eclesiásticos existe a igreja imaculada, muita das vezes sofrendo calada ao ver a prostituição de sua irmã espalhafatosa. Muitas vezes a santa igreja tenta advertir a irmã prostituta, porém, é tachada de louca, de careta, de fora da visão e invejosa.
Assim a santa irmã segue seguindo a orientação do saudoso irmão Paulo e do Mestre Jesus, tendo paciência com os débeis na fé. Mansa como a pomba com os pequeninos incautos, mas astuta como a serpente com os cafetões espirituais.

Então, respondendo a questão.

A Igreja com “I” maiúsculo fundada pelo Senhor Jesus é santa, imaculada, a Noiva aguardando o Noivo.
A igreja com “i” minúsculo foi seduzida pelos cafetões, se deixou levar, apostatou da fé. Hoje ganha a vida se vendendo a políticos, a interesseiros dispostos a pagar por bênçãos divinas.

Volta logo Jesus! Essa minha irmã está me matando de desgosto!

Postado pela primeira vez em 12/2010.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Pastor Abre Studio de Tattoo Dentro da Igreja e Gera Polêmica

FLINT TOWNSHIP 
Michigan – USA


Ele é um pastor que não economiza esforços para fazer com que as pessoas que não se sentem confortáveis em um templo tradicional encontrem um espaço para congregar e conhecer a palavra de Deus. 

Sua última iniciativa foi abrir, dentro da propriedade da igreja, um estúdio de tattoo.

Rev. Steve Bentley é da igreja The Bridge (a ponte), uma congregação localizada dentro de um shopping center em Flint Township, no Michigan.

Segundo o Rev. Steve todo o seu ministério se baseia no principio de que o invólucro dominante da religião cristã se tornou ineficaz e irrelevante para a maioria das pessoas. O Tattoo Serenity é parte do seu esforço mudar a abordagem.

Os artistas de tattoo  Ryan Brown e Drew Blaisdell, que são da congregação, atendem na igreja de segunda à sábado. O próprio Bentley tem duas tatuagens e afirma que não há pecado algum no seu uso, desde que o conteúdo da mesma não venha de encontro com os preceitos cristãos. Ele respeita os cristãos que não concordam com ele, mas em termos bíblicos a tatuagem equivale à prática de furar as orelhas e não há quem se oponha a isto.

Ryan Brown alcoólotra em recuperação com cliente.


Sobre o que a Bíblia diz a respeito de tatuagens em Levítico 19:28 ”Pelos mortos não ferireis a vossa carne; nem fareis marca nenhuma sobre vós. Eu sou o SENHOR.” Bentley afirma: Primeiro esta passagem se refere a rituais pagãos da época, rituais religiosos a outros “deuses”, não dizia respeito a tatuagem em si, como adorno. Mas se lhe resta alguma dúvida, é preciso entender diferença entre leis morais e cerimoniais para ver o que ainda se aplica a nós, do contrário estaremos entrando em contradição com diversas passagens do N.T. Contudo, o mais mais importante é: se você crê que Cristo é o fim da Lei (Romanos 10.4) acabam as argumentações sobre proibição.


Drew Blaisdell no estúdio Tattoo Serenity

 "Estamos querendo encontrar uma forma diferente de ser relevante para as pessoas. Quem for ao estúdio irá encontrar um além da tatuagem, uma operação limpa, profissional e que funciona dentro de um alto padrão ético e moral” - disse o pastor a um jornal local.

Um dos tatuadores, Ryan Brown é um alcoólatra em recuperação e disse que a atmosfera dentro do prédio da igreja o tem ajudado a se manter concentrado e no caminho certo. "Eu tinha o meu próprio estúdio, mas pra mim era só trabalho. Não havia um propósito maior. Eu lutava muito apenas para seguir com o negócio e me manter sóbrio. Orei muito e decidi que o melhor era fechar e vir para a igreja onde o impacto na minha vida e na de outros seria muito mais positivo".

Rev. Steve Bentley da igreja The Bridge

 The Bridge é uma comunidade vibrante com 1000 membros. Ali nem todos concordam com a iniciativa do Tattoo Serenity , mas o pastor faz grande esforço em se fazer presente ao local e abordar as pessoas que visitam o estúdio. Sem pressão, muitos acabam nos visitando depois, disse o pastor ao jornal  Michigan Mirror.


Genizah, com informações da Associated Press, Washington Post, Star Tribune, Daliy Mail, Emergingtruth e Michigan M. 

Na comunidade do Genizah no ORKUT há um fórum com tópicos quentes sobre tatuagens.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Reagindo ao Massacre




Por Ariovaldo Ramos

O Bispo Ambrósio, Bispo de Milão, Itália, não deixou o imperador entrar na Igreja, para participar da missa, por oito meses! Porque, entre 388 DC e 390 DC aconteceu, na Grécia, um massacre de enormes e dramáticas proporções.
Teodósio 1, o Grande, era o imperador de Roma. Graças a uma trama política, que não foi orquestrada por ele, mas, que acabou por provocar a morte do imperador do ocidente, Teodósio, que era, originalmente, do oriente, governou um império reunificado. Foi o último imperador romano a ter essa extensão de governo.
Por volta do ano 388 DC, o Gal. Buterico era o chefe da infantaria romana que controlava a cidade de Tessalônica, cidade grega, fundada em 316 AC, que era capital de um dos quatro distritos romanos da Grécia.
Cumprindo um decreto do imperador, o Gal. Buterico mandou por na cadeia um atleta, um auriga, nome dado ao esportista que conduzia bigas, pequenas carruagens individuais, onde o condutor tinha de ficar em pé, puxadas por velozes cavalos, que disputavam corridas nos circos. Os circos eram construções semelhantes ao famoso Coliseu romano, agora, dedicadas aos esportes, e não mais às lutas dos gladiadores, e que faziam parte da vida de muitas cidades do império romano.
O atleta, cujo nome não se sabe, conduzia quadrigas, nome dado às tais carruagens quando puxadas por 4 cavalos, era muito popular; um atleta tão bem sucedido, inclusive do ponto de vista financeiro, quanto os melhores futebolistas da atualidade. A população, quando soube da prisão do atleta, se revoltou, e atacou aos romanos, e, entre outros oficiais da infantaria romana, o Gal. Buterico foi morto.
Ambrósio era o Bispo da cidade de Milão, onde o imperador Teodósio, que frequentava a Igreja, se encontrava. Conhecendo o temperamento do imperador,  Ambrósio o visitou e lhe pediu que, diante do motim, reagisse com misericórdia.                               
Teodósio, no entanto, dando a entender que havia ouvido o conselho do Bispo, fez com que se espalhasse a notícia de que Tessalônica seria perdoada, contudo, organizou a tropa, sedenta de vingança, para que, tão logo a cidade voltasse à normalidade, agisse com rigor.
A cidade, como era de se esperar, aos poucos, foi voltando à normalidade, principalmente, porque tudo dava a entender que a notícia veiculada, ainda que de modo não oficial, era verdadeira. 
Os tessalonicenses, então, retomando o costume e o cultivo da paixão pelas competições esportivas, retornam ao circo, que fora o palco do que acabou por provocar o motim e a morte dos oficiais romanos.
Em determinada ocasião, quando, despreocupadamente, parte considerável da população de Tessalônica se encontrava no circo de esportes, a tropa romana, sob ordens do imperador, cercou o circo e massacrou cerca de 7000 seres humanos. Uma barbárie! Barbárie que ficou conhecida, na história, como o Massacre de Tessalônica.
Tão logo soube disso, o Bispo Ambrósio exigiu que o Imperador se arrependesse publicamente.
Algum tempo, depois de saber da exigência do Bispo, Teodósio resolveu ir ao encontro sagrado, porém, o Bispo Ambrósio saiu à porta da Igreja e impediu o Imperador de entrar para participar do culto, dizendo que ele era um sanguinário, e que se ele não se arrependesse publicamente, não teria mais acesso à missa.
O Imperador resistiu por oito meses, porém, quando se deu conta de que o Bispo não arredaria pé de sua posição, cedeu, e, oito meses depois da intimação do Bispo, o Imperador foi à Igreja vestido como penitente e, publicamente, pediu perdão por seu pecado, pediu perdão por ter ordenado o massacre.
E, embora, o mal não pudesse ser desfeito, a justiça tinha logrado êxito. Ficava, publicamente, claro que ninguém, sob alegação alguma, poderia eximir-se da justiça. Ficava claro que a lei que não serve à justiça, não serve. Ficava claro que o governo que não serve à justiça, não serve.
No dia 22 de janeiro de 2012, em São José dos Campos, São Paulo, Brasil, quase dois mil anos depois do ato do Imperador Teodósio 1, assistimos a um ato de injustiça, a uma barbárie, também, de grandes proporções: 9000 pessoas foram desalojadas de suas moradias e colocadas em situação de rua, e suas casas, nas quais já habitavam a oito anos, foram demolidas. Um massacre que não tirou a vida das vítimas, mas, que desconsiderou o seu direito à dignidade no viver.
Os tempos deveriam ser outros! É tempo de democracia, regime, onde a autoridade maior é o povo. Um regime onde o governo deve ser exercido em nome do povo, e para o benefício do povo.
O motivo alegado para a prática do massacre, foi a reintegração de posse do terreno ocupado por essas 9000 pessoas a, pelo menos, 8 anos. Posse duvidosa, diga-se de passagem, porque este terreno foi propriedade de uma família que não deixou herdeiros, passando a posse do terreno, por justiça, essa, sim, legislada, para o Estado, portanto, para benefício do povo.
Estado que, a exemplo de Teodósio, ludibriou o povo, uma vez que lhe forneceu os serviços básicos de infraestrutura, tais como, água encanada e luz elétrica.
A presença desses serviços do Estado, certamente, deu aos moradores do Pinheirinho, nome pelo qual era conhecido o condomínio residencial, a certeza de que seu direito à moradia havia sido reconhecido, assim como, havia sido corrigido o desvio de posse desse espaço de terra que, de fato, deveria ser utilizado para o benefício do povo.
Engano nada ledo! Um governador redivivo, forneceu as condições para que a injustiça solapasse o direito. E o que durou oito anos acabou em menos e oito horas.
Os moradores estavam negociando, tentando fazer valer o bom senso, já que o mero senso de justiça não foi suficiente! Que nada! As negociações foram desconsideradas! Restaram os gritos, as lágrimas e som áspero da injustiça zombando do direito. Restou a rua para idosos e crianças, para os trabalhadores e as trabalhadoras.
O governador, também, a exemplo do imperador antigo, frequenta a Igreja. O seu ato trouxe para perto de nós uma antiga história. Terá vindo com essa história, a inspiração de Ambrósio? Será que um Bispo haverá, que impeça o governador de assistir à missa, até que, publicamente, admita o seu pecado, e, arrependido, restitua aos lesados o que lhes garante o direito, o que impõe a justiça?
Tomara, como quer Deus, haja, ainda, na Igreja, sacerdotes desta envergadura! Tomara haja, nos frequentadores da Igreja, a firme disposição de não participar desses atos de injustiça, independente de como venham travestidos! Tomara, decidamos, nós, que frequentamos a Igreja, resistir, em nome da consciência, a essa e a qualquer ação similar, que mais parece, como mencionado pelo poeta, fruto de “tenebrosas transações”, que sempre está a serviço da ignomínia.
É bem possível que isso nos gere muito desconforto; que gere muita incompreensão, muita ação disciplinar; que gere muita perda de emprego; que gere muita exoneração; que gere muita perseguição. Mas, de certo, também, há de, finalmente, gerar definição, há de deixar claro onde e em quem o rito é só ritualismo e onde o rito é, de fato, culto. Há, certamente, de gerar caráter, há de recuperar o sentido do ser cristão, há de recuperar o nosso compromisso com a democracia.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Eu amei um homossexual!




 Um grupo cristão vai a Parada do Orgulho Gay em Chicago segurando cartazes com pedidos de desculpa, incluindo "Eu sinto muito pela forma como a igreja tratou voce".

Eu tinha aproximadamente 17 anos, quando eu tive minha primeira experiência com um homossexual, lembro-me como se fosse ontem, eu ia pegar um ônibus para ir até minha igreja, como eu fazia todos os finais de semana. Era por volta das 18h00 e meu ônibus sairia em 30 min, foi quando eu avistei um senhor bem vestido e muito simpático, ele não tirava os olhos de mim, eu estava sentado em um banco perto do ônibus e ele mais afastado, quando ele começou a piscar para mim. Lembro que fiquei bastante constrangido, mas tomei coragem e o convidei para se sentar ao meu lado. Prontamente ele atendeu ao meu pedido, ele já veio logo segurando na minha mão, e começou a tocar no meu cabelo. Pois com o mesmo sorriso que o chamei eu falei para ele o seguinte:

_Tudo bem com você? Meu nome é Robert, qual é o seu nome?

_ Eu me chamo Marcos! Ele respondeu sorridente.

_Pois é eu só te chamei aqui porque eu queria que você soubesse que eu sou muito feliz! 

Falei com um tom meio ousado.

_Eu já sei, você é feliz porque você tem muitos amigos assim “como eu”, por isso você é alegre! 

Ele respondeu todo empolgado.

_Não exatamente, na verdade eu sou muito feliz, porque um dia eu fui “lavado e remido pelo sangue do Cordeiro”. É sobre Ele que eu gostaria de te falar.

Respondi com firmeza.

_A não!!! Você é crente? Só me faltava essa...

Ele respondeu tirando as suas mãos de mim, e um tanto indignado.

Como em nenhum momento eu demonstrei algum tipo de preconceito, e eu queria conhecer a sua história, conversamos sobre a sua vida e também sobre a bíblia. 

Interessante foi eu estar levando minha bíblia na mochila, uma Thompson antiga, ou seja, uma bíblia enorme. À medida que passava um amigo do Marcos ele dizia:

_O Fulano, vem aqui esse é o Robert, ele é crente e não tem preconceito, ele quer falar sobre a bíblia com a gente.

Naquele domingo eu não fui para o culto na igreja, eu fiz meu próprio culto em um banco de rodoviária cercado de vários homossexuais, alguns sentados ao meu lado e outros sentados no chão, eu com a minha bíblia gigante no colo, as pessoas que desciam dos ônibus, ou passavam por lá paravam para ver o que estava acontecendo. Não me preocupei em falar sobre salvação, pois todos eles já conheciam a respeito de Jesus, eu apenas falei sobre o amor e graça de Deus, muitas sementes foram plantadas naquela noite.

Ao chegar em casa, eu chorei muito na hora de orar para dormir, o grande vazio e os valores distorcidos daqueles homens, me tocou profundamente. Eu questionei, porque nós cristãos nos calamos tanto para essas pessoas? Porque eles diziam que eu não tinha preconceito? Qual era a visão de um homossexual para com a igreja, e qual a visão da mesma para com eles? Porque nós cristãos nos fechamos para essas pessoas?

Deus me respondeu que eu poderia e deveria amar um homossexual, pois só através desse amor ele poderia se encontrar em Deus.

Talvez você esteja pensando agora: Seria correto eu subir no púlpito de uma igreja e dizer que eu amo um homossexual ou uma prostituta?

Nos meus vários anos de experiência com rê-socialização, e missões noturnas, eu descobri não só na teoria, mas na prática que se não houver amor, nunca haverá recuperação, pois somente o amor verdadeiro, aquele que vem do alto, de Deus, o que não se limita à raça crédulo ou sexualidade definida, é que pode trazer um homem novamente ao convívio da sociedade. 

Ele ama incondicionalmente, mesmo quando nós não o merecemos, Ele ainda chora por nós, e sofre as nossas dores, porque ele odeia o pecado, mas sempre amou o pecador.

Eu não tenho problema algum em subir em um púlpito para dizer em alta voz que eu já amei, e ainda amo um homossexual, isso porque eu conheci um cara que não teve vergonha de subir nu em uma cruz, só para dizer que ama os homossexuais, os pedófilos, as prostitutas, os ladrões, os drogados, entre outros pecadores como eu e você.

Ainda hoje eu tenho muitos amigos, que cultivei nas ruas e nos prostíbulos, são eles travestis, prostitutas, drogados, alcoólatras, mendigos, clientes das drogas e da prostituição, verdadeiros desgraçados como eu, com a diferença de que eu fui alcançado pelo favor não merecido da parte de Deus. Isso não me torna mais ou menos amado por Deus, mas me da o privilégio de poder abençoar essas pessoas que também são queridas do Pai, quem os coloca à margem da sociedade somos nós, Deus os coloca como a coroa da criação a imagem e semelhança dEle mesmo.

Durante minha caminhada cristã eu percebi falhas em meu caráter, principalmente quando eu rotulava essas pessoas sem conhecer suas histórias de vida, talvez você se identifique com uma dessas falhas, e Deus esteja te chamando para um relacionamento mais profundo com Ele.

Descobri que se eu amo pessoas que supostamente tem uma vida santificada semelhante a minha pseudo-santidade, eu não passo de um homossexual gospel, tão somente porque a principal característica de um homossexual é que ele ama alguém do mesmo sexo, ou seja, alguém que se parece com ele. Se eu só quero amar meus irmãos da igreja, eu sou um homossexual gospel porque eu escolho amar quem é igual a mim. 

Quando eu me encontro dentro de um sistema religioso, que nunca me permite enxergar a dor, os sofrimentos e as grandes desgraças do mundo e de quem esta ao meu lado, e eu me vendo para esse sistema, em troca de promessas que Deus nunca fez ou faria, quando quero buscar apenas bênçãos pessoais, eu não passo de umaprostituta gospel, pois eu nunca serei resposta para as mazelas do mundo ou voz contra injustiça, no lugar de lavar minha alma no sangue do Cordeiro, não somente para ser abençoado, mas para abençoar, eu lavo minhas mãos como Pilatos, nas águas sujas de um sistema religioso corrupto, que me ensina a buscar somente as bênçãos do Pai, mas muito pouco, o Pai que me dá essas mesmas bênçãos. 

O interessante é que nesse sistema eu posso ser uma prostituta gospel, mas a prostituta de verdade sempre vai ser uma meretriz, o gay um sodomita efeminado, o mendigo um morador de rua beberrão, a imagem e semelhança de Deus será sempre atribuída aos que foram alcançados pela graça sublime, ou aos líderes religiosos que são semi-deuses na terra. Daí a razão de serem prósperos em tudo.

Descobri ainda que quando eu vou para uma igreja com o intuito somente de cantar desesperado, levantar minhas mãos e chorar, ficar anestesiado e entorpecido pelo chamado louvor espontâneo ou louvor extravagante, eu sinto muito mesmo, pois nós precisamos rever nossos conceitos sobre louvor e adoração. Quem sou eu para questionar a forma como se louva, acredito que essa função é dada ao Espírito Santo, o problema é que biblicamente nós adoramos a Deus com atitudes e não somente com cânticos chamados espirituais, se eu não vivo o que eu canto essas expressões de louvor são apenas uma grande viagem, uma ilusão. Quando isso ocorre, eu não passo de um drogado gospel.

Se eu sirvo a Deus, somente com o intuito de ganhar dinheiro, seja através de uma fé genuína ou ainda por formas escusas, através do evangelho de uma falsa prosperidade, este mesmo que você esta pensado, este que tem arrastado milhares de cristãos para o inferno do capitalismo. Eu com certeza sou um mendigo gospel, pois eu não entendo que sem o próximo não existe Evangelho do Reino, e que viver somente de prosperidade seja qual for a área que se aplique ela, na verdade é viver de migalhas e esmolas espirituais, o que Deus quer nos dar em termos de qualidade de vida é muito maior que ouro e prata, não depende e nunca dependeu dessas coisas ou de uma vida cheia de grandes vitórias e glórias, se Deus tem te prometido somente essas coisas, acho que estamos falando de deuses bem diferentes. Ter um relacionamento íntimo e profundo com o Criador, essa é a verdadeira prosperidade.

Ame incondicionalmente e com certeza você entenderá porque Deus te trouxe para este mundo, e assim será mais fácil você fugir desse mundo gospel.

Hoje eu oro pelo Fábio (Travesti que atende pelo nome de Yasmin), pelo Edílson (ex-presidiário que é soro positivo, contraiu HIV após ser violentado sexualmente na cadeia), pela Claudette (se prostitui para sustentar o vicio de merla e crak), pelo Mário ( perdeu o senso da razão e é tido como louco, porque mora a mais de 20 anos nas ruas), entre outros muitos que eu poderia citar, pessoas maravilhosas que o próprio Deus me deu o privilégio e a honra de poder amar e abraçar como verdadeiros amigos.

Perdoe-me se isso te incomoda, talvez Mateus 25:31-46 esteja rasgado ou riscado em sua bíblia, para não te incomodar também.

Se você entende o que é Graça, e como ela somente inclui, não exclui, meus parabéns!

Você esta apto para viver os valores e os conceitos do Evangelho do Reino de Deus, baseado no texto bíblico citado de Mateus, aproveite e tire um tempinho para ir visitar Jesus Cristo em um hospital, em uma prisão ou qualquer outro lugar onde as margens da sociedade se concentram. 

É legal quando nos lemos João 3:16 na ótica de I João 3:16.

Para encerrar, sempre que eu vejo um homossexual seja um homem ou uma mulher na rua ou em qualquer lugar, eu fico muito tocado e faço sempre à mesma oração:

“Pai eu te peço, por favor, se eu tiver filhos, não permita que um deles se torne um homossexual, mas eu entendo que cada um escolhe seu próprio caminho e dará conta de si a Deus, como eu ouvi muitos exemplos de travestis que se diziam filhos de pastores ou filhos de crentes. 

Pai se um filho meu escolher este caminho, ensina-me a amá-lo como o Senhor ama a todos nós...” 

Texto de Robert Itamar Albert da Costa, missionário da Jocum.

Via Ultimato