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terça-feira, 7 de agosto de 2012

O que você quer que Eu te faça?




Uma característica marcante no ministério de Jesus era a sua capacidade de trabalhar com o homem em sua individualidade. Mesmo sendo constantemente acompanhado e às vezes sufocado por uma imensa multidão, Jesus dedicava um tempo imenso a tratar de forma individual com muitos que ele encontrava pelo caminho.

Em seus encontros pessoais Jesus não apresentava uma mensagem
pre-formatada, forçando o homem a se adaptar a ela, mas o Senhor tratava cada individuo em seu nível pessoal, de acordo com a estação de vida em que a pessoa estava vivendo e levando em consideração as sua limitações e aspirações.
 

Só para citar alguns exemplos: com Nicodemos o ajudou a entender o quanto a sua religiosidade o impedia de ver o novo de Deus; com a mulher samaritana a ajudou a se encontrar em meio a conflitos pessoais; ao homem da mão mirrada, certamente estigmatizado por uma sociedade que classificava qualquer problema físico como um pecado ou maldição, o chamou para o meio, para que todos o percebesse e lhe deu visibilidade antes mesmo de curá-lo.
 

Basicamente a postura de Jesus era como ele sempre perguntasse: o que você quer que eu te faça? Na verdade para um cego ele perguntou isso mesmo. Jesus parava para ouvir as perguntas das pessoas, o que de fato elas estavam falando, ele parava para ouvir a batida do seu coração. Parece redundante, mas cada um era cada um e devia ser tratado de forma individualizada. 
 

Isso nos chama muito a atenção, pois nos dias de hoje tratamento individualizado só nos remete às empresas que investem na qualidade do atendimento, simplesmente no âmbito mercantilista cliente-prestador de serviço. Nos dias de hoje, numa igreja cada vez mais massificada, onde a quantidade tem uma qualidade em si mesma, onde vemos uma linha de produção de "conversões" e "milagres", não se tem tempo para ouvir as pessoas, suas histórias de vida e suas limitações e aspirações como Jesus fez. Sendo assim o individuo se vê massificado, forçado a se identificar com a mensagem geral, do contrário não tem opção, a não ser cair fora. Simples assim. e aumentar o número dos "sem igreja" ou "desviados".
 

Em uma linha de produção gospel as programações tem que ser generalizadas e a mensagem realmente pre-formatada com jargões e clichês, seja essa mensagem falada ou cantada. Parar para ouvir, parar para caminhar no ritmo de cada um, atrapalha o processo, emperra a produção, e conseqüentemente as metas não são atingidas. Alcançar o número de um milhão de almas! O que isso realmente significa? Uma igreja com 1.000 ou 10.000 pessoas é de fato relevante é sua comunidade só por seu tamanho? Tamanho é documento? 
 

Uma igreja deve ser relevante em sua comunidade não por seu tamanho, poder aquisitivo ou capacidade de mobilização, mas sim porque se importa com as pessoas, caminha com elas em amor, as suporta em suas necessidade, e como Jesus, pergunta ao individuo: o que você quer que eu te faça?
 

Independente do nosso tamanho, podemos e devemos como Igreja de Cristo amar as pessoas e nos dedicarmos a elas e ajudá-las como fez o Senhor, percebendo o seu contexto de vida, intervindo em seu cenário (família, comunidade, etc) e assim fazendo do micro alcançaremos o macro. Como disse Margareth Mead: "Nunca duvide da capacidade de um pequeno grupo de dedicados cidadãos para mudar os rumos do planeta. Na verdade, eles são a única esperança de que isso possa ocorrer".
 

Pense nisso, fale sobre isso!
 

David &  Célia
Pelo Rei e pelo Reino

David e Célia são missionários da Jocum em missão aqui no Rio de Janeiro. Seus trabalhos são de extrema relevância na comunidades carentes e zonas de conflitos sociais. São meus amigos pessoais e sendeiros luminosos do Reino. Para mim, é uma honra e um cuidado de Deus tê-los no meu hall de amigos. Orem por eles e por seus dois filhos, Levi e Rebecca.