SUBVERTA

Pesquise as verdades primitivas aqui.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Parece Cordeiro, Mas Fala Como Dragão.


Vivemos dias terríveis, dias que jamais imaginei contemplar. Não digo isso apenas por causa da maldade que prolifera exponencialmente na vida daqueles que abertamente vivem longe de Cristo. Infelizmente, até nos acostumamos a ouvir histórias cruéis como de filhos que matam seus pais, pais que jogam seus filhos pela janela, mães que abandonam recém-nascidos no lixo, goleiros suspeitos de assassinar namoradas, padres pedófilos, políticos corruptos, etc.

Entretanto, a assustadora maldade, que outrora ficava à espreita em lugares escusos, mudou ousadamente sua abordagem. O mal deixou suas trincheiras para caminhar em plena luz do dia e, vorazmente, avançar sobre todos. A perversidade, o engano, os desvios de conduta como homossexualismo, homicídios, idolatrias, imoralidades, adultérios, divórcios, mentiras e ensinos enganosos, coisas tão comuns na vida daqueles que se perdem sem Cristo, deixaram de ser algo “exclusivo” deles!

O mal é sagaz, perseverante e astuto como uma serpente. Ele abandonou sua real aparência (2 Co 11.14), banhou-se e adentrou as melhores universidades, conquistou títulos e diversos doutorados, dominou com fluência muitos idiomas, visitou inúmeros países e, quando estava pronto, deu seu mais cruel golpe: colocou sua melhor roupa e assumiu o púlpito de muitas igrejas. Na forma de um intelectual poderoso, o mal descobriu que para matar a presa, nem sempre é necessário dilacerá-las ferozmente. Não! Ele as mata por dentro, aos poucos, pelo coração. Como? É simples. Com palavras bonitas e poder de persuasão, ensina mentiras, oferecendo, sistematicamente, porções doces de intelectualidade vazia e filosofias meramente humanas.

Já ouvi de púlpitos brasileiros lições que ensinaram que Abraão foi um “banana” por entregar seu filho Isaque em sacrifício sem lutar com Deus; que sexo fora do casamento é lícito, desde que seja feito com respeito e fidelidade; que os crentes precisam “se libertar de Jesus”, deixando de ser tão dependentes dele; e que o relacionamento amoroso entre crente e incrédulo não é pecado, mas apenas falta de sabedoria.

Esses argumentos trocam a verdade das Escrituras por uma intelectualidade vazia, porém diplomada, a qual é ovacionada por crentes rasos e falsos irmãos. Nada há de errado em ser intelectual. Errado é colocar a mente humana acima das Escrituras, desprezando o que nos é ensinado, como: “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te apoies no teu próprio entendimento” (Pv 3.5).

Essa realidade, que me causa tanta tristeza, não deveria ser motivo de espanto. Deus nos alertou de que o mal entraria na igreja e não pouparia o rebanho e que viriam tempos em que os líderes falariam coisas pervertidas. O apóstolo disse: “Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles” (At 20.29-30).

Portanto, não devemos julgar um pregador, mestre, intelectual pela sua aparência ou oratória. Se fizermos assim, certamente incorreremos no erro. Julguem os irmãos e os falsos irmãos à luz do que eles ensinam e não à luz do resultado que eles transitoriamente alcançam. Em Apocalipse, João nos diz que o falso profeta, aquele que por seus prodígios e discursos irá seduzir milhares de pessoas, levando-as a adorar o anticristo, tem uma característica muito semelhante à de muitos pastores e intelectuais da atualidade. Apocalipse 13.11-14 diz: “Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão. [...] Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta [...] Seduz os que habitam a terra”.

O dragão e o cordeiro são conhecidos e diferenciados pela sua fala. O mal na igreja não será identificado se olharmos para quantos membros ela possui, para o valor financeiro que ela arrecada, para os diplomas que seus líderes ou pastores têm pendurados na parede, para quão intelectual ou filosófico eles demonstrem ser ou para o tamanho do prédio da igreja. A igreja é reconhecida pelo que é ensinado do seu púlpito, pois dali jorrará vida ou morte. Lucas escreveu: “Ora, os de Bereia eram mais nobres que os homens de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim” (At 17.11).

Examine todos os dias as Escrituras para ver se o ensino do púlpito confere com a Bíblia. Os verdadeiros mestres não ficarão intimidados com isso, mas os falsos intelectuais sim, visto que alguém sabiamente disse: “A verdade quer ser testada...”. “MAIS CRISTO, MENOS INTELECTUALIDADE VAZIA.”


Soli Deo Gloria

***

Fonte: Sociedade de Pensadores Cristãos - texto de autoria do Pr. Marcos Samuel - Vi no PC@maral e compartilho aqui no Verbo Primitivo Na Pós Modernidade

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Cristo e Não o Cristianismo!



Por Zé Luís

Detesto religiosidade. Religião significa “religar”: o homem se religando aos céus, a construção ininterrupta da Torre de Babel que não alcança nada.

Não gosto de jiló, mau hálito, gente mal-educada, esperar mulher se aprontar para sair. É diferente.

Detesto religião, abomino, me irrito a ponto de me irar, ainda mais quando o religioso é gente que teve acesso à Verdade, conheceu-a, mas dá continuidade a essas desgraças humanas em nome de um deus feito por homens, mais aproximado de nossa imbecilidade.

Não falo aqui do tipo de idolatria que um evangélico está acostumado a abominar, a base de gesso ou madeira, mas daquela que o protestante gera: apreciar tanto a mensagem que vem ATRAVÉS da pessoa, que começa a crer que a pessoa é a fonte da mensagem, gerando um novo ídolo patético.

Não demora até que o próprio portador – momentâneo – da mensagem(antes servo de Deus, ou mesmo amigo) começar a gostar da posição conquistada, e em um fluxo normal, fazer planos com o status conquistado, explicando seu entendimento aos que dão sua capacidade de pensar para outro, como se este – e não o quem vem da Fonte – fosse o universal e aceitável em qualquer tempo e cultura.

É fácil perceber o quanto criamos um evangelho apático, a margem do brilho que Ele nunca perde.

No Espiritismo, aprendi que minha alma migra de existência em existência, em um processo de evolução gradativa, que segundo Kardec, ensinado por espíritos superiores, e embasado em seu entendimento da Palavra (além de impulsionado na época pela então popular teoria Darwinista) que esse crescimento se dá para que eu possa reencarnar em outros planetas, melhores. Deus nessa história é impessoal, silencioso, incompreensível.

Na umbanda, onde deuses africanos se mesclam aos santos católicos, as entidades exigem suas ofertas nas cores corretas, com a oferenda correta e no lugar correto. No Candomblé, esta mistura católica já não existe: o roncó faz em seus vinte e um dias sua iniciação para os sacrifícios vindouros, raspando a cabeça, cortando-se com giletes, incorporado com os seres, comendo das oferendas nos dias que se ficam ali.

A Ordem Rosa Cruz me ensinou que esse ciclo de encarnações acontece de 144 anos, onde se vive parte aqui e o restante no próximo plano, reavaliando a cada ciclo o crescimento (ou não) daquela vida.

Muitos dirão que a crença na reencarnação é mais antiga que isso, vinda do Oriente, o que não a valida.

Cristo – e não o Cristianismo – me trouxe respostas satisfatórias, libertando-me de uma série de indagações, dúvidas, necessidades, mentiras e bobagens.

Já não preciso continuar numa busca angustiante, tatear entre tantas certezas bizarras e incertas, tentando agradar os deuses, ou deus, ser melhor por mim mesmo, ou pelos outros num altruísmo inexplicável, ou velas, novenas, campanhas, obrigações, promessas, juras, cursos, meditações, zodíacos, macumbas, projeções astrais, ateísmos.

O Mestre pede rituais. Dois: O batismo e o compartilhar do pão em memória dele.

O batismo é um sinal público, o simbolismo que não caberia explicar aqui, a passagem pelas águas, como quem atravessa uma placenta rumo a nova vida. Muitos não querem renascer, claro, mas já foram gerados e o parto, traumático ou não, se faz necessário e acontecerá.

Quanto a celebração da morte que trouxe vida, a lembrança da tristeza que traz alegria, ele queria o ajuntamento daqueles a quem amou, a ponto de morrer por eles.

É o princípio de tudo: poder viver em comunhão, num mundo de vários egos, após aceitar a ressurreição gratuita

O resto, cerimoniais, cultos, celebrações, e tudo: não passam de religiosidade.

Deus só não dispensa o ajuntamento da celebração de sua História por aqueles que Ele salvou, apesar de outros religiosos, “cristãos”, garantirem que Deus não é suficiente.

Não digo que Ele deixará as coisas acontecerem de forma caótica, como não fosse quem É: mesmo o caos, nas mãos do Pai, é ferramenta de aprendizado

Li esse post no Genizah, e lá tinha um comentário de um leitor que trouxe um novo prisma sobre o significado etimológico de religião. Segue o comentário.


Sóstenes disse...
Muito bom o post! Isso tudo é verdade, só não a parte que religião significa "religar". Se consultarmos dicionários de etimologia latina, como o Dictionnaire Étymologique de la Langue Latine, de Ernout e Meillet (disponível em http://www.lexilogos.com), descobriremos que “religião” nada tem que ver com “religar”, por incrível que pareça. A raiz da palavra latina religìo,ónis (e não religare, como muitos pensam) relaciona-se com lig, de “diligente” ou “inteligente” ou com leg, lec, lei, le, de “eleger”, “lecionar”, “eleitor” e “ler”, respectivamente. Já o prefixo re é oriundo de red(i), “vir”, “voltar”, que aparece em “relíquia”, “redivivo”.

A ideia de que “religião” significa “religar o homem a Deus” é popular, mas não está de acordo com o étimo do termo. No Novo Testamento, inclusive, o termo grego traduzido para “religião” nunca significa “religar o homem a Deus”. De acordo com Vine, o vocábulo threskeia diz respeito a adorar, a cultuar (At 26.5; Cl 2.18), bem como a ajudar os pobres e a dar o exemplo de uma vida santa como demonstração de autêntica comunhão com Deus (Tg 1.26,27) — cf. Dicionário Vine, CPAD, p.939.
Explicação retirada de: http://cirozibordi.blogspot.com/2010/10/erros-etimologicos-que-os-pregadores.html

A paz do Senhor!

Pedreiro que perdeu a família exerce cristianismo no voluntariado.


Exemplo!




Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados.
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão fartos.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós.


sábado, 22 de janeiro de 2011

Desaprender Mais Do Que Aprender.



Às vezes penso como teria sido bom ter nascido em um lar evangélico. Ter recebido a instrução das Sagradas Escrituras desde minha infância para não me desviar do bom caminho na minha maturidade. Penso como poderia ter sido diferente minha adolescência, minha infância, como poderia ter suportado melhor a morte de meu pai, mais uma vítima de um assalto na cidade tiroteio (Rio de Janeiro).

Pensamentos...conjecturas, especulações de uma vida que não volta mais.  

Mas aprouve Deus que até meus vinte e seis anos eu vivesse longe do estreito caminho e pela estrada larga do sexo, drogas e rock n’ roll acelerasse bastante. Muitas experiências nesses anos, acumulei certo aprendizado para, depois do meu tombo do cavalo a caminho de Damasco, começar a desaprender tudo que aprendi.

Esse pensamento foi um diferencial importante no início da minha conversão. Desaprender muito mais que aprender. Desaprender a ser um caçador primata atrás de todo quadril largo, desaprender a extravasar minhas angústias e fúrias no meu nariz (se é que me entende), desaprender a me justificar e nunca assumir meus erros, desaprender a mentir. Essas coisas, o Espírito Santo me convencia que realmente precisava desaprender. Porém, os seus “representantes” na Terra me diziam que eu tinha que desaprender mais algumas coisitas, do tipo: Desaprender a questionar, desaprender a criticar, desaprender a pensar por mim mesmo, desaprender a escolher por vontade própria, etc.

Certa vez escutei alguém dizer que Deus tiraria de mim somente o que não prestava. Gostei de ouvir isso, porém, depois de algum tempo, essa frase se tornou um tormento. Os anos se passavam e por dentro eu continuava a ser um questionador, meu espírito revolucionário continuava a bradar, no entanto, minha extrema vontade de desaprender a “rebeldia questionadora” e aprender a “submissão a liderança”, fazia com que eu me calasse, engolisse não apenas sapos, mas o brejo inteiro!

Eu estava sendo cauterizado por lobos dentro do rebanho, eu ainda acreditava que no ambiente eclesiástico as coisas eram diferentes do secular. Ledo engano! A meu ver são piores, pois se profana o que é santo, o nome de Deus.

Por conta desses conflitos, iniciei um trabalho de pesquisa, queria saber se somente eu tinha esses dilemas internos. Foi o início da minha libertação!

Como o conhecimento é libertário. Depois de conhecer a Apologética, o Senhor me conduziu a faculdade de Teologia, e hoje finalmente, estou começando a compreender o que é a Graça. A entender verdadeiramente o que é liberdade em Cristo. 

Então, foi aí, que descobri que iniciaria um novo processo de desaprendizagem. Desaprender todo equívoco teológico que me foi incutido nesses meus quatro anos de caminhada com o Mestre. Confesso que ainda estou em processo de libertação, vez em quando ainda me pego pensando como um seguidor do evangelho triunfalista pregado por aí. Só a Graça...

Desaprender todo sincretismo religioso e aprender a andar apenas com as Escrituras. Nada mais.

É nesse ponto que volto a pensar e entro em conflito com meu pensamento inicial desse texto. Será que realmente seria bom ter nascido em um lar evangélico?

Convivo com pessoas que foram criadas dentro de igrejas e tenho a impressão que não conhecem Deus nem de ouvir falar! Tanto legalismo por um lado, tanta falta de temor por outro. Eles carregam um fardo tão, tão pesado, e o meu Senhor afirmou que nosso fardo seria leve.

Minhas dificuldades hoje estão ligadas as minhas experiências antes de Cristo. A memória é uma ilha de edição, já diria Waly Salomão, e às vezes esses flashbacks são realmente uma pedra no sapato. Tanta cena promiscua que gostaria nunca ter presenciado.

É quando penso como poderia ter sido bom ter sido um evangélico desde minha infância. Mas logo vislumbro outros problemas que poderiam surgir. Imagine o estrago de trinta anos de legalismo, triunfalismo e sincretismo.

Começo o meu terceiro período de teologia, estou ansioso pelo retorno as aulas. Ansioso para desaprender mais coisas em 2011, e depois que eu estiver completamente vazio, pela misericórdia do Pai, me encher e transbordar do conhecimento e da Graça como nos instruiu o apóstolo Paulo. Buscando o dom do amor, da sabedoria, da palavra do conhecimento e do discernimento dos espíritos, para servir ao corpo de Cristo com relevância.
Porque no final das contas, tudo isso se trata apenas disso. Servir aos outros.

Deus abençoe!

Marcello Comuna.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Dança do Patinho

A música e o vídeo falam por si só.

B. Negão é o compositor dessa sátira e um dos melhores rappers nacionais.  Suas letras/textos rimados são contestações inteligentíssimas. Devo também destacar e dar o devido crédito aos Seletores de Frequência,  banda que há alguns anos vem sonorizando os pensamentos desse poeta black. Dança do Patinho é uma mistura de funk carioca com guitarras super graves explodindo nos refrões. Vale a pena conferir!

Breve postarei outras canções dele e de outros contestadores por aqui.

Por hora, divirta-se com o sarcasmo desse gênio.


Eles traçam e destraçam o seu caminho – É a dança – dança do patinho 
Eles mandam uma qualquer e tu leva fé direitinho – É a dança – dança do patinho 
DANÇA DO PATINHO (A VERDADEIRA) 

Você que assina contrato sem ler 
Acha que a O.N.U. se importa com você 
Você que acredita no ouro nacional 
Chegou a sua hora isso é fenomenal 
Você que acredita no que falam na tv 
Dá seu dinheiro pro pastor pra fazer sua fé valer (eh, eh…) 
E pra você que acredita no velho azul-marinho, essa é sua dança 
DANÇA DO PATINHO (A VERDADEIRA!)
 
Você que acredita na mega-sena, toto-bola, raspadinha e na garota de Ipanema 
Você que acredita nos caras pintadas, acredita que o Brasil vai tá ganhando com a ALCA 
Acreditou em inflação zero, no salário-desemprego 
Mas não viu que o governo tava botando no seu … 
Parabéns, você é perfeito, foi feito pra isso 
Pra dançar a dança, a verdadeira… 
DANÇA DO PATINHO (A VERDADEIRA!)
 
Você que toma volta quando quer ficar ligado 
Acredita no bicho papão e no aumento de salário 
Você que paga seus impostos religiosamente, esperando algum dia uma aposentadoria decente 
Você que acredita em alguma punição pros que roubam e colocam no … da população 

E pra você que acredita que nunca foi lesado, cante comigo esse hino, esse é o meu recado: braço em forma de asa, alterna pé e faz biquinho tu entrou na dança 
DANÇA DO PATINHO ( A VERDADEIRA!).

Ser Líder É...




















Por Carlos Moreira

Que o mundo carece de heróis, todos já sabemos. O herói de nosso tempo, segundo o cantor e compositor Jorge Versilo, “aguenta o peso das compras do mês, sobe no telhado para ajeitar a antena da TV e fica acordado a noite inteira pra ninar bebê”. Mesmo sabendo tratar-se de um luxo, eu me satisfaria com bons líderes, ao invés de heróis, sobretudo na Igreja. Mas a safra atual é sofrível...


Por outro lado, olhando para Jesus, na tarefa hercúlea de transformar pescadores em profetas do Evangelho da Graça, reaviva-se em mim um soslaio de esperanças. De fato, o Galileu não enfrentou moleza. Imagino o desafio de lidar com os “espasmos emocionais” de Pedro, as vaidades e desejos de poder da dupla João e Tiago, a incredulidade de Tomé, além da ladroagem de Judas. Que time! Mas andar com Jesus fez toda a diferença. Por isso sempre serei um entusiasta do discipulado, pois creio que a melhor maneira de transmitir a fé é através da partilha da vida.



Vivemos no tempo da escassez, os economistas que o digam. Falta-nos quase tudo; o tempo é exíguo, o salário é pequeno, a paixão é passageira, a amizade é superficial, os desejos são fúteis... Para completar a lista, faltam-nos líderes, de todos os tipos e em todos os âmbitos: políticos, empresariais, sociais, acadêmicos e religiosos. Com tantas faltas, ainda insistimos em viver. Haja coragem!



Tenho olhado para o desafio de ser líder na Igreja. Quão grande ele é! Maior, talvez, do que eu pudesse imaginar. Se tenho conseguido ser um? Não sei, estou tentando, o tempo dirá.



Contudo, depois de tantos anos, imagino ter adquirido alguma “autoridade” para falar sobre o tema. Assim, compartilho com você umas poucas sugestões sobre o que imagino ser necessário para ser um líder. São 10 mandamentos que, creio, podem ser extremamente úteis na concretização de seus objetivos.



Se você quer ser um líder, então:



01- Desassocie mentalmente liderança de status ou poder. Líder é alguém que está disposto a servir, e não a mandar.


02- Esteja pronto para se decepcionar com as pessoas. As decepções serão muito mais abundantes que as certezas ou convicções que você tem sobre elas.


03- Aprenda a ser um “degustador” de derrotas. Você tirará mais proveito de seus fracassos do que de suas conquistas. É que as marcas marcam mais do que os marcos.


04- Seja paciente. Quase nada acontecerá da forma como você sonhou, no tempo que você imaginou ou do jeito que você planejou.


05- Conforme-se com o anonimato. Dificilmente alguém recordará o que você fez, ou reconhecerá o seu valor. Gratidão é artigo em extinção.


06- Acostume-se com a solidão, pois você se sentirá só muitas vezes.


07- Nunca perca o senso crítico e não negligencie ouvir a opinião dos outros. Você, na maioria das vezes, tem apenas fragmentos da verdade.


08- Desanime sempre que for necessário, mas não desista nunca. Desanimar faz parte da alma humana, superar o desânimo faz parte do propósito de um líder.


09- Tente construir vínculos duradouros. Sobretudo a certa idade, boas companhias lhe farão muita falta.


10- Não foque suas atenções nos que ficam pelo caminho, pois eles serão muitos. Atenha-se a investir nos que querem, e não nos que precisam, pios há uma grande diferença entre estas coisas.



Parece ácido, mas eu penso ser lúcido. Prefiro a dor da realidade a embriagues da ilusão. Se os dizeres lhe fizerem algum sentido, aplique-os a vida. O mais, você, assim como eu, aprenderá fazendo o caminho, enquanto o caminho vai sendo feito em você.



Sola Gratia!



O texto foi retirado do blog A Nova Cristandade e postado na íntegra. Eu porém, substituiria a citação à Jorge Versilo por B. Negão, com os versos de sua música Enxugando Gelo, na qual ele canta:

"...No último capítulo, vimos nosso herói encontrar-se em maus lençóis,
No momento crucial em que teve sua piada mensal fatiada, ao realizar a manobra arriscada de manter ao mesmo tempo: comida no prato, iluminação, água pro banho, bom nível de informação e temperamento intacto.

A seu favor, ele conta com sua quase total imunidade espiritual, corpo e humor  à-prova-de-contas, além de uma dose generosa de honestidade fazendo o diferencial,
Contra ele, credores-comedores-de-cabeça, agiotas ultra magnéticos (além de outras aves de rapina menos cotadas) de butuca, em cada esquina
..." 

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

7 Dicas Para Manipular Uma Igreja



Por Franklin Rosa

Pode até parecer hilário, mas essas dicas são uma coletânea de várias presepadas gospel que já presenciei de perto, ao vivo e a cores, nesses anos em que tenho me dedicado ao Evangelho.

Para vice-deuses, pai-póstolos, mãe-póstolas, apóstolos, bispos, pastores, presbíteros e todos os interessados em ter um culto e uma comunidade atraente, que se renda aos seus pés sem questionamentos nem argumentações.

Porque me limitei em 7? O 7 é um número profético, o número da perfeição e dá sorte. He!He!

1ª Contrate cantores gospel que mexam com as emoções. Não se importe se o cachê for o olho da cara, o importante é tocar no mais profundo dos sentimentos e fazer o povo chorar, rir, gritar, andar de quatro na unção do leão, do cachorro, do macaco, etc. O povo gosta de dinamismo, e se não tiver “baderna” santa que traga diversão, você vai ser chamado de caretão!

2ª Seja um “Expert” em invenções sobrenaturais. Aprenda urgentemente a elaborar “Profecias, Revelações, Visões, Línguas Estranhas, Unções do Paletó e do Sopro Divino”, e demais peculiaridades do gênero. Isso é tiro e queda. Não se esqueça que quando estiver operando esses “dons”, tem de passar credibilidade, e para isso, chore, faça cara de contrito, dê alguns pulinhos, e se possível, arrisque até salto mortal ou golpes de Jiu-Jitsu evangélico. AH! E o mais importante: Diga em alto e bom tom: “ASSIM DIZ O SENHOR!

3ª Quando for pregar, seja astucioso. Use texto fora do contexto com pretexto, porque assim você consegue colocar cabresto. Seja fanfarrão mesmo, de carteirinha. Por exemplo: Se você gosta que as pessoas reajam as suas pregações, use o texto de Atos 12:21-23 e diga que quem não berrar glória à Deus nem aleluia, vai morrer sendo comido de bicho como foi Herodes. Para que seus asseclas não se aprofundem nas escrituras e descubram sua superficialidade, use o texto de 2ª Coríntios 3:6 e diga sistematicamente que a letra “mata”, mas o Espírito vivifica. Se você é do tipo que não gosta de modernismos na indumentária nem na aparência dos seus súditos, sugiro que sublinhe em sua Bíblia textos como: Levítico 19:27, 1ª Pedro 3:3 e Eclesiastes 1:2. Esses são os melhores para você fazer uma lavagem cerebral e dizer que não pode cortar cabelo, usar jóias, passar maquiagen, jogar futebol, pois afinal, “tudo é vaidade”!

4ª Promova campanhas de prosperidade diariamente. Se você quiser, existem até empreendedores evangélicos que vendem “KITS CAMPANHA” pronta entrega, com pontos de contato inclusos como: (cruzinha, rosinha, estacazinha, sabonetinho, perfuminho, etcétarazinha) é show! Na Segunda faça a corrente da empresa própria, terça da fazenda própria, quarta da casa própria, quinta do jatinho próprio, sexta do iate próprio, sábado da ferrari própria, e no domingo, pra torcer o braço de Deus sem dar chance à Ele de dizer não, oriente-os a fazer o sacrifício pessoal, dar o tudo deles (o leite da criança, a passagem do ônibus, até as calças se necessário) exigindo seus direitos. Ah! Sua igreja vai ficar lotada todos os dias de crente centrado em si mesmo, de consumistas selvagens em nome de gezuis!

5 ª Seja frenético, especialize-se em ato profético. Junte um pessoal ebata 4 estacas nas 4 extremidades de sua cidade e leve seu povo a bradar: “Essa cidade pertence ao Rei Jesus”, 21 semanas sem falhar. Você vai motivá-los a orar pela cidade. Faça o cerco de Jericó em volta de sua Igreja e dê sete voltas com a turba clamando: “As muralhas vão cair”, você notará a diferença no evangelismo, pois eles derrubarão as portas das casas se preciso for para falar de Jesus. Se sua região tem influências demoníacas, alugue (para aqueles que não pertencem ao ministério do “MALACHEIA” nem do “NABUCOTERRANOVA” e não podem comprar) um helicóptero ou um teco-teco, arregimente sete apóstolos vestidos de branco (se não tiver os dito cujos pode baixar o nível e usar até os diáconos da Igreja se preciso for), mas não se esqueça de levar um barril de azeite de Israel e orientá-los a lambrecar a cidade do alto gritando: “Sai Exu Boiadeiro em nome de gezuis”. Vai ser sucesso absoluto, renderá até primeira página de Jornal, e você se tornará o herói deles!

6ª Seja um difusor do cristianismo judaizante. Do evangelho meia boca. Nem lá nem cá. Um pé no velho e um no novo testamento. Objetos como: candelabro, arca da aliança, bandeira de Israel, são indispensáveis para a decoração do seu templo/tabernáculo hebraico. Convide ativistas do hebraísmo que flertam com o cristianismo, para serem preletores em dias de festa. Eles carregam consigo um ar de espiritualidade diferenciada. Se você precisar eu conheço um que vem a caráter. O cabra é “bão” e tem a unção do “Pedala Robinho”, derruba gente de montão. A tira-colo vem um outro com Shofar, e a hora que o menino sopra o instrumento, é um “xororô” danado. É sapato de fogo, aviãozinho, unção da lagartixa, o frenesi come solto, e o povo é estuprado psicologicamente pedindo: “Eu quero é mais!”. Se pelo menos uma vez por ano você trazer um desses ao seu aprisco, o povo será “RÉ-NOVADO”, e você ganha a confiança de todos com a credencial de “Pastor Espiritual”.

7ª Matricule-se em um curso de artes cênicas. Faça do altar um palco, do templo um circo, do povo uma platéia passiva. Aqui não existe nada fixo. Alterne os papéis. Se preferir pode fazer o gênero “Dramalhão”, que está sempre na provação. Tens a opção também junto a ala feminina do “Brad Gospel”, aquele que conquista só no olhar (é claro, se não fores o rascunho do mapa!). Existirão dias em que você poderá encarnar o velho e saudoso “BOZO”, e fazer a galera se borrar de rir. Experimente também o “David Copperfield”, invente e faça desaparecer tumores malígnos que nunca existiram. Está bem na moda também o “Dr. Hollywood”, lipoaspiração pentecostal. Ou uma última sugestão: “O ghostbuster”, faça campanhas do descarrego, corredor do sal, contrate alguns endemoninhados profissionais, e coloque os “bicho” de ponta cabeça pra igreja ver o quanto você é fera! Eles irão temê-lo e reverenciá-lo!


Depois de seguir essas 7 dicas, você está apto e credenciado a “Déspota Espiritual”. Parabéns!

Mas não se esqueça que também ouvirá: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi, abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade” Mateus cap. 7 vs 21 ao 23.

Retirado do Blog Conexão da Graça

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Meu conceito de vitória é diferente do seu!


Para mim, música se divide de duas maneiras. Música boa e música ruim. Simples assim. 
Ainda existe muita polêmica idiota no meio evangélico sobre materiais seculares e materiais ditos "evangélicos". Sobre música então, existem os defensores ferrenhos da demonização de toda canção que não tenha sido produzida por um "evangélico". Os argumentos são muitos; desde a inspiração duvidosa do artista secular à distorções bíblicas do contexto de "não se misturar com o mundo ou não amar nada que no mundo há". Em ambos os casos, pura falta de conhecimento da soberania de Deus e também de um estudozinho teológico. Qualquer um que raciocine um pouqinho sabe que as restrições se limitam apenas a algumas letras e não a ritmos. E creio que o Espírito Santo é quem direciona cada cristão no que é ofensivo ou não a Sua santidade.
Por fim, creio na soberania absoluta de Deus, e como diria Paul Washer: "Ele continua falando através das mulas."
Acabei de ler uma matéria no Genizah que me trouxe a memória essa canção dos Los Hermanos. Em uma primeira análise, muita gente não teria coragem de cantar o refrão de música que diz: " Eu que não quero mais ser um vencedor...". Porém, se analisarmos o capitalismo selvagem a nossa volta, o lixo teológico triunfalista  nas maiorias das igrejas e o contexto dessa letra escrita pelo meu xará Marcelo Camelo, percebemos que essa música na verdade é um tapa com luva de pelica na cara de muita gente!


 Vencedor



Olha lá, quem vem do lado oposto
Vem sem gosto de viver
Olha lá, que os bravos são
Escravos sãos e salvos de sofrer
Olha lá, quem acha que perder
É ser menor na vida
Olha lá, quem sempre quer vitória
E perde a glória de chorar

Eu que já não quero mais ser um vencedor
Levo a vida devagar pra não faltar amor
Olha você e diz que não
Vive a esconder o coração
Não faz isso, amigo
Já se sabe que você
Só procura abrigo
Mas não deixa ninguém ver
Por que será?
Eu que já não sou assim
Muito de ganhar
Junto às mãos ao meu redor
Faço o melhor que sou capaz
Só pra viver em paz.

Paz!
Marcello Comuna.