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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Evangelho: A Grande Lupa

Por Marcello Comuna
Em junho de 2006, no auge da euforia da Copa do Mundo, eu estava mais triste que um adolescente morador de Seattle na década de 90.  Vinte e seis natais tinham se passado e eu tinha a sensação de estar parado no mesmo lugar – e estava. Escravo do hedonismo, minha vida se resumia a trabalhar para poder sustentar minha droga, minha movimentada e insana vida sexual e minha vaidade, a saber, a manutenção do meu estereótipo de rapper - o quê não era barato.

Eu estava experimentando a veracidade do ditado: “Quem planta vento colhe tempestade”.  Eu estava colhendo tempestades sentimentais depois de ter semeado ventos em corações sinceros. Machismo idiota que nos programa para frustrar muita gente boa.
Até que, afogado em lágrimas, fui atraído pelas palavras de Jesus: “Vinde a mim todos que estão cansados e oprimidos e eu vos aliviarei”.

Cheguei diante de Deus reconhecendo que tudo estava errado na minha vida e que a culpa era das minhas péssimas escolhas.  Mas agora eu queria mudar, eu queria deixar de ser tão inconsequente.

Foi quando eu descobri que Deus dá um alívio imediato quando chegamos diante dele arrebentados. Faz-nos experimentar uma paz interior, nos tranquiliza e nos enche de fé através da Sua palavra e depois...

No despedaça!!

"Qualquer que cair sobre aquela pedra ficará em pedaços, e aquele sobre quem ela cair será feito em pó."  Mateus 21:44

E é nessa hora que o Evangelho se revela extremamente poderoso para remir um homem. Ele confronta e despedaça. Com precisão cirúrgica ele separa praticamente o inseparável: Corpo, alma e espírito.

Como uma lupa gigante ele revela o profundo da alma humana, destrói nossos castelos de areia alicerçados sobre achismos e vãs filosofias. Ele nos desnuda e se apresenta como um espelho refletindo as vísceras podres que há em nós, mas que não enxergamos (ou fingimos não enxergar).  Ele denuncia a nossa rebelião contra o Criador e nos alerta: Somos indesculpáveis!  Contudo, a boa nova se apresenta em forma de cruz, com um inocente sendo sacrificado em nosso lugar. Esse inocente é o próprio Deus em forma humana, pois somente ele poderia aplacar o seu próprio senso de justiça.

Outro dia vi no programa Esquenta - Regina Casé declarando a seguinte frase ao receber uma cidadã com evidentes distúrbios psíquicos autointitulada pastora: “Se quiser levar pessoas a Deus sem acusação, com alto astral, pode contar comigo”. Fiquei pensando...

Isso é impossível! Como alguém poderá ser absolvido antes de ser acusado? Como alguém poderá aceitar se medicar antes de ser comprovada sua doença? Como alguém poderá desejar ser salva antes de se convencer que está perdida?

Em 2006 eu achava que meu único problema era minha compulsividade por prazer, minha falta de limite hedonista. Eu me considerava um cara bonzinho porque não matava, não roubava e tinha dó dos mais humildes. E eu creio que a maioria das pessoas se considera boas pelos mesmos motivos. A mente humana está anestesiada para o pecado principal: A ingratidão Àquele que dá o folego da vida.

O Evangelho é como dedos espremendo um furúnculo e expelindo todo pus. Esse processo é doloroso, por vezes sentimos vontade de parar de espremer, mas ao fim, o carnegão sai e a ferida é curada.

É comum o ditado: “Quem não vem a Deus por amor vem pela dor”. Eu, porém, creio não haver outra via para o Pai que não seja a dor. Doeu primeiro em Cristo há mais de dois mil anos. Hoje dói em todo aquele que se submete a lupa do evangelho. É preciso quebrar o vaso para construir um novo. E irmão, isso dói! Na verdade, o Evangelho é o melhor e mais completo tratamento psicológico, terapêutico e psicanalítico de todos os tempos. Se o caro leitor está familiarizado com esse universo, sabe que todos eles incluem a dor da interiorização no processo de cura. É isso que a revelação de Deus faz, revela o seu lado podre incompatível com toda santidade do Senhor e te mostra à única saída; Aceitar ser justificado pelo sacrifício de Jesus.

A via que nos conduz ao Eterno passa obrigatoriamente pela cruz e ali está a unificação de dor e amor extremos. Ou seja, é impossível pregar o Evangelho Genuíno desmembrando um do outro.

Então, meu irmão, fuja de toda pregação em nome de Deus que massageie demasiadamente o seu ego. Fuja das mensagens de paz e amor que não despertam consciência e não te constrange. 

E se as Escrituras não tem valor para você, então ouça a sabedoria popular daquele velho ditado: “O amigo verdadeiro não é aquele que te aplaude o tempo todo, e sim aquele que aponta os seus erros e te repreende quando necessário”.

Deus abençoe.

2 comentários:

  1. Olá meus queridos irmãos, Graça e Paz.
    Como é bom encontrar blogs como este vosso, uma benção. Como sempre tenho dito: Aprendendo uns com os outros crescemos na graça e no conhecimento. Convido-os para conhecer o nosso blog, Mensagem Edificante para alma, ficaremos felizes por vossa visita e mais ainda se nos seguir-nos.
    Deus vos abençoe ricamente
    Josiel Dias
    Mensagem Edificante para alma
    http://josiel-dias.blogspot.com

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  2. Olá Josiel!

    É um prazer ter você por aqui. Fique à vontade. Com certeza vou fazer uma visita lá no seu cantinho.

    Forte abraço irmão.

    Comuna.

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