Por Marcello Comuna
Tenho observado, com alegria e esperança, o nascimento de uma “revolução silenciosa” nos porões desse império gospel herético que se instaurou nos últimos anos em nossa pátria. Tenho me armado até os dentes com a espada da justiça e tomado parte nessa guerrilha subversiva em prol da implantação do Reino de Deus nessa terra. Sou um militante das boas novas levando a bandeira da revolução do Amor. Nessa estrada apertada tenho encontrado irmãos com o mesmo sentimento, com o mesmo objetivo – morrer pela causa de Cristo. Morrer para si mesmo.
Apesar do lixo herético avançar nas rádios, nos programas de televisão e nos palcos das seitas auto intituladas cristãs, há uma resistência articulada atuando em várias frentes dando uma resposta a toda heresia propagada. Há dois anos tenho acompanhado e participado dessa revolução e tenho visto que, apesar de nós mesmos, temos conseguido atrair o Supremo General para o comando do nosso exército.
Contudo camaradas, quero fazer um alerta importante sobre uma poderosa inimiga a nossa causa; a arrogância.
Sutil, muitas das vezes ela atua como um câncer silencioso. Quem a tem, nem mesmo sabe que tem. Irmã gêmea do orgulho e prima da grosseria, a arrogância pode colocar toda revolução a perder. Meu coração se renova quando escuto da boca dos meus camaradas o desejo de subverter as mentes babilônicas e libertar os cativos da religiosidade farisaica. Porém, muitos se esquecem que somos feitos da mesma matéria orgânica e que temos a mesma herança genética adâmica corrompida dos inimigos do Reino.
Temos que ficar atentos para não cometer os mesmos erros com uma roupagem nova.
O excesso de vontade pode nos cegar, o excesso de novos conhecimentos pode nos embriagar com a altivez. Temos que nos abastecer de igual modo com piedade e com conhecimento. O essencial para uma vida piedosa é a comunhão espiritual com Deus, ou seja, a oração.
Com muita cultura e sem oração, nos transformamos em uma arma carregada, porém sem uma mira precisa. Quando disparada poucas vezes acerta o alvo, e quando acerta, não mata, apenas fere.
Quantas pessoas não tem andado feridas com as balas perdidas da nossa arrogância?
A arrogância alimenta a fogueira das vaidades. Os músicos que inicialmente queriam apenas quebrar paradigmas e derrubar a religiosidade com um som mais moderno, agora se convencem que seu estilo e jeito de tocar vão converter as pessoas. Os atores do teatro acham que suas belas atuações emocionarão o espírito dos perdidos e os levarão ao arrependimento. E os líderes passam a acreditar que são “a última cereja do bolo”, os donos da verdade absoluta, e quem sem sua maravilhosa visão cultural e liturgia hiper-moderna a humanidade não conhecerá a Cristo.
Sei que parece paradoxal, mas o arrogante se orgulha até mesmo da sua humildade. Quantas vezes nós nos inflamos por ter tomado alguma atitude aparentemente humilde?
Muitos se justificam alegando que nasceram assim, cresceram assim, e que vão morrer assim, os famosos crentes Gabriela.
Para subverter a ordem babilônica e farisaica é preciso morrer para si mesmo. Não podemos nos conformar com o nosso jeito de ser, com nosso temperamento de nordestino, de italiano, de espanhol, ou de qualquer outra etnia para justificar nosso descontrole e ignorância com os outros, principalmente sobre nossos liderados. Somos convidados a sermos imitadores de Cristo, temos que nos esforçar todos os dias para sermos humildes e mansos como Ele foi!
Chega de se esconder atrás do dia de fúria de Jesus dentro do templo para justificar nossa destemperança!
Essa nossa revolução é de amor. Sejamos grosseiros apenas com o pecado e com o inimigo de nossas almas. Não permitamos que nossa arrogância jogue tudo a perder.
Deus abençoe.
"Crentes Gabriela". Já convivi com um assim e, olha, foi difícil. Hoje tudo o que posso fazer é orar por ele e pedir para que o Senhor derreta aquele coração de pedra.
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