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terça-feira, 28 de junho de 2011

Os Legalistas da Libertinagem



Por Marcello Comuna             
O termo legalista é bastante conhecido no meio evangélico. É um adjetivo usado para rotular os que gostam de se amarrar a Lei da Velha Aliança. Jesus teve sérios problemas com essa raça, principalmente a dos fariseus. Hipócritas por si só, os legalistas da religião tendem a manter uma aparência de vida piedosa, contudo, aqueles que são do seu convívio, percebem o desprazer que é lhe dar com essa estirpe.

Porém, quero hoje chamar atenção para outro tipo de legalista, o legalista da Libertinagem ou da Graça.

Sim, ele existe. Assim como os legalistas da religião se apoderam de textos fora de contexto para impor sobre si e (muito mais) sobre os outros os seus gostos doutrinários em forma de mandamentos, os legalistas da libertinagem usam dos seus supostos conhecimentos da Graça para justificar sua promiscuidade e falta de temor e compromisso com Deus.

Cristo nos chamou para liberdade. Com isso, eu sei que sou livre para fazer o que eu quiser, observando a conveniência e subjugando-a a direção do Espírito Santo e do bom senso. Na verdade, quem acha que a era da Graça é uma festa do vale tudo, não compreendeu nem de longe a Graça. 

Qualquer um que se debruce sobre as Escrituras, principalmente sobre as cartas paulinas, irá compreender a magnitude da liberdade que temos em Cristo, compreenderá e tomará posse da chave que liberta das cadeias da religiosidade. Terá sua consciência tranqüila para transitar pelas maravilhosas criações artísticas do Pai, mesmo que elas não tenham uma placa no pescoço escrito GOSPEL.

Porém, essa liberdade que Cristo nos deu implica em uma grande responsabilidade.  Passamos a ser responsáveis por refletir a glória de Deus, passamos a ser pequenos Cristos caminhando pelas ruas. Passamos a ser morada da mais doce manifestação de Deus, o Espírito Santo.

Observemos para não fazermos da Graça - Desgraça e da Liberdade - Libertinagem.

Mas os legalistas da Graça não são guiados pelo Espírito, são guiados por suas astúcias, e vêem nos textos sobre liberdade da Graça, respaldos para se comportarem inconvenientemente e justificativas para sua falta de esforço em abandonar seus pecados de outrora.

No ambiente acadêmico teológico vemos muito dessas coisas, pessoas teologicamente intelectuais, mas ocas do temor de Deus em seus corações. Aí, vemos homens usando a Graça e a Liberdade de Cristo para justificar suas fornicações e outros pecados.

A Graça nos justifica sim, mas não nos habilita a permanecer na prática dos mesmos pecados.

“Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum!” Romanos 6.1

E é por causa desses fanfarrões da fé que muitos legalistas religiosos sustentam suas doutrinas para manterem esses meninos nos trilhos, imputam sobre eles e consequentemente sobre todo o povo, dogmas e doutrinas humanos e severos, contaminando-se com o princípio maquiavélico de justificar os meios pelos fins.

Durante um tempo eu não tinha uma opinião formada sobre isso, ainda considerava que em algumas situações os fins realmente justificam os meios, mesmo que para isso fosse preciso alguma mentirinha ou omissão “santa”. Mas depois de um bom tempo considerando essa questão em oração, tenho paz para afirmar: Nada aquém ou além da verdade. Sola Scriptura.

Logo, não devemos parar de pregar a Graça e a Liberdade de Cristo com medo dos desvios e legalismos dos libertinos. Devemos lembrar sempre que é o Espírito Santo que sela os corações e convence o homem do pecado e do juízo. Nossa missão é pregar a verdade sempre, doa a quem doer, custe o que custar. Porém, devemos ter nossos corações abertos e dispostos a fazer discípulos, respeitando a dieta bíblica, primeiro leitinho, depois a feijoada.

Precisamos de mais Joãos Batistas nessa geração. Quem se habilita?

Deus abençoe.

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