Por Marcello Comuna
Quando comecei a caminhar o caminho da salvação e consequentemente me relacionar com a subcultura evangélica, logo de cara me identifiquei com o trabalho de evangelismo. Compreendendo a importância dessa ordem dada por Jesus aos seus discípulos e consequentemente a mim, já que também me tornei discípulo, sempre tentei encontrar uma maneira relevante de exercer essa função designada pelo Mestre.
Como um calouro que observa tudo no campus da faculdade como novidade, assim era eu nos meus primeiros anos na subcultura cristã. Nesse esquadrinhar de comportamentos e resultados, cheguei a algumas conclusões e gostaria de compartilhar. Você tem todo o direito de discordar, mas essas são as minhas verdades nesse momento. Um fruto do meu observar. Se não gostar é só desconsiderar.
Conclui que a instituição igreja faz um esforço para converter pessoas não somente a Cristo, mas também a sua subcultura cristã. O entendimento por “dar frutos” para a maioria dos religiosos auto-intitulados cristãos se dá por um mudar de hábitos e praticas.
Diversas vezes escutei comentários maldosos sobre determinado músico que ao se declarar seguidor de Cristo, não abandonou a carreira secular para se enfiar no mundo gospel.
Não basta ter um caráter reto e um amor pelo Pai, é preciso satisfazer o padrão moral estabelecido pelos dogmas da subcultura cristã. Uma tentativa de castrar a liberdade do Espírito Santo em convencer as pessoas do pecado e do juízo.
É aquele velho pensamento medíocre da bolha (leia aqui). A proposta de evangelismo da igreja é retirar pessoas do seu habitat natural para “protegê-las” dentro de uma pseudo santa cultura evangélica, um reflexo do que diz John Piper: “Uma má teologia adoece o povo”.
Essa “má” teologia foi e é aplicada sobre o verso do salmista: “Bem aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” Salmos 1:1
Ao passar pelo crivo da hermenêutica e exegese, logo perceberemos que o salmista não nos aconselha a um isolamento das pessoas que não professam a nossa fé, e sim, uma separação de pessoas maldosas, fofoqueiras e caluniadoras. Por acaso esses adjetivos não se enquadram as pessoas da igreja?
Quero acreditar que em muitos há uma sinceridade nessa falácia comportamental, mas com o passar dos anos tenho visto interesses inescrupulosos por trás dessa alienação cultural.
Assim como o governo sempre negou educação e cultura relevante a população para mantê-los burros e pacíficos, a liderança religiosa incentiva um distanciamento do relacionamento cultural com o mundo além das muralhas da subcultura gospel, pois assim, fica mais fácil alienar pessoas com enfermas teologias do medo e do terror.
É preciso ser muito ingênuo para acreditar que em pleno século XXI, com toda informação instantânea através da internet, com tantos cursos teológicos espalhados por aí, a liderança da igreja ainda considere que isolamento é proteção contra o pecado. Passa amanhã!
A hora é agora e o lugar é aqui! Temos que espalhar a subversão da Graça, contagiar pessoas, confrontar com a sã doutrina os lobos que aprisionam o sal dentro saleiro.
Quando pensar em evangelismo, pense em divulgar não só o Evangelho da Salvação, mas também o Evangelho do Reino, o evangelho que nos ensina a servir pessoas antes de querer convertê-las a sua religião ou denominação.
Leve pessoas a Cristo, não a religião.
concordo Brother...
ResponderExcluirPois é maninho, por isso muitos pastores dizem que fazer Teologia tira o homem da presença de Deus. Pura "falacia", quando estudamos nossos olhos se abrem e isso não os interessam rsss.
ResponderExcluirMas maninho, amo o cristianismo puro, pois ele me apresentou Jesus, então fica dificil não falar da religião. Como disse C.S. Lewis: Hoje eu acredito no cristianismo como acredito que o sol nasce todo dia. Não apenas porque o vejo, mas porque através dele eu vejo tudo ao meu redor. Percebi que colocando as primeiras coisas em primeiro lugar, teremos as segundas a seguir, mas colocando as segundas em primeiro, perdemos ambas. rss
Paz querido!
Concordo hermana!
ResponderExcluirPara mim a questão negativa se dá em toda distorção aplicada as doutrinas pré escritas para nosso seguir. A Bíblia é irrefutável, mas os dogmas da religião não. Eles são como craca que gruda no casco do navio. Às vezes a mistura é tanta que, se não fizermos um exame apurado, nos confundimos com o quê é doutrina bíblica pré escrita para nós e o quê é coisa de homens.
Hoje eu consigo entender que para muito dos meus irmãos criados no evangelho ou com muito mais tempo de cristianismo do que eu, é muito mais difícil se desvincular do câncer religioso.
Sabe aquele lance de costume? Cultural? Se não for no culto domingo já começa a sentir fraco.
Conheço gente assim, que foi criado na Assembléia(por exemplo), então domingo para ele é sagrado. Para mim é indiferente já que passo o dia todo, sete dias por semana em contato com Deus através da leitura e da oração. Então, se não dá para eu ir no culto domingo não tem neurose. Mas isso sou eu, que só tenho cinco anos de cristianismo...
Paz de Jah!
Existem homens preocupados em estabelecer seu próprio reino,constroem templos suntuosos e trabalham depois para enche-los de gente vazia.
ResponderExcluirA mensagem é: O reino de Deus esta dentro de vós!
Isso muda a vida de dentro para fora,não os torna religiosos e sim em homens e mulheres transformados pelo poder do evangelho.
Paz!
Quanto a isso Marcello passamos na peneira e fica tudo bem. Paz!
ResponderExcluirAnselmo, concordo contigo, disseste tudo!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOii Marcello!
ResponderExcluir"O peso das obrigações, a tortura da culpa e o medo do castigo” nos afastam do que Jesus nos propõe que é algo leve, apesar de exigente. Jesus “toca no coração, não nos atos, por ir à fundo e dar às exterioridades o lugar correto.”
Seguir a Jesus deve ser prazeroso e não pesaroso, deve nos curar, trazer alívio e não nos trazer um “fardo árduo de culpa e medo.”
Então...> MAIS JESUS, MENOS RELIGIÃO!
Estou seguindo seu cantinho Marcello, se quiser me fazer uma visitinha, fique a vontade'
Bjs=***
Olá Marcelo,
ResponderExcluirBoa noite,
Seu blog é bênção.
Estarei sempre por aqui.
Deus abençoe,
Suely
Discípulos criticando líderes, hum... isso me lembra a história de Moisés no livro de Números capítulo 12, prefiro seguir o conselho de Paulo em 1 Timóteo 2:1-2! Jesus nos mandou IR e PREGAR e não CRITICAR e SEPARAR! Leia com atenção Mateus 7:1-5! Os samaritanos não quiseram receber Jesus, o que o Mestre fez? Contou a história do Bom Samaritano (Lucas 9;51 e 10:25-37), Judas traiu Jesus, o que o Mestre fez? O chama de amigo (Mateus 26;50), nós o crucificamos! O que o Mestre faz? Lucas 23:34. Se você pensa que está isento de algo, Leia Jó 15:15-16. Sola Scriptura sempre meu chapa!
ResponderExcluirMarcello Comuna disse...
ResponderExcluirEssa sua lembrança está fora de contexto meu amigo. O episódio em Números se tratava de uma rebelião, oq não é o caso, já q não critico minha liderança. Não a critico pq até aqui tem andado de acordo com as Escrituras aplicando uma hermêneutica e exegese correta aos textos, e não criando distorções para se tornarem líderes inquestionáveis. No dia que não a estiver, a exorto face a face com respeito e amor, pois somos IRMÃOS em Cristo.
Já que vc citou Paulo, seria bom também se lembrar do ele ordenou a Tito no capítulo 1 versos 10-11.
Não estou isento mano, mas o sangue de Cristo me justifica de todo pecado. E n'Ele, estamos todos nivelados por igual diante da cruz.
Apenas os espertalhões da fé gostam de criar castas espirituais para se perpetuarem no poder.
O meu jugo é leve pq é o de Cristo e não o de homens.
Abraços fraternos e obrigado pela visita mano!
Eu vejo que quem não entendeu foi você, pois quando falei de Moisés me refiro a liderança da Igreja de Cristo, não a um líder de UMA denominação pois quando estou diante de um ministro do Evangelho para mim ele representa a Jesus que é o único que pode julga-lo. Trabalho com vários pastores de várias denominações e eu os respeito. Quando falei de Jesus estou dizendo que muitos falarão mal Dele porém Ele não retribuiu com a mesma moeda. Como você não entendeu a essência e sim a letra (2 Cor. 3:6b), desculpe! Não irei mais importuna-lo! Desculpe se te chamei para um congresso! Como você disse a "minha liderança" que deve ser a única Igreja do Senhor enquanto os irmãos de minha Igreja deve ser... sei lá! Desculpe, desculpe, desculpe!
ResponderExcluirMano, eu só disse que não iria participar de forma alguma de um encontro com Renê Terra Nova!
ResponderExcluirPq tamanha ira?
Agora, vamos manter o nível da dialética. Não coloque palavras na minha boca e nem seja contraditório em suas próprias palavras. Vc diz que só Jesus poder julgar mas vc julga minha compreensão entre essência e letra. Vc precisa compreender a diferença entre julgar e condenar. Julgar nos termos paulinos se refere a examinar, e isso é uma prescrição para todo cristão. Examinar(julgar) todas as coisas!
Agora condenar, realmente só o Mestre!
Não basta ter versículos na ponta da língua, é preciso compreender os contextos. Um pregador não representa Jesus, representa o evangelho. E ainda assim, está sujeito a erros pois é um humano.
Esse seu argumento é bem conhecido na doutrina católica como infabilidade papal(o papa não erra). Eu sei que certos patriarcas querem esse título e os inserem na mente de seus manobrados(ovelhas), mas se fizermos como os irmãos de Bereia, rapidamente distinguimos o joio do trigo.
Ainda bem que Lutero não teve uma mente tacanha e questionou a liderança errônea da época, se não hoje vc não seria um protestante. A Igreja como instituição, em sua maioria, está cada dia mais irrelevante para transformação da sociedade e só visa satisfazer os devaneios de seus clientes que contribuem com seus dízimos.
A Igreja instituição precisa colocar em pratica os pilares da Reforma.
E por fim, eu te desculpo! Mas realmente, me chamar para um encontro com Renê Terra Nova foi dose. rsrsrs.
Abraços!