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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Saudades da Cruz.




Por Rubinho Pirola

"Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens." 1 Co 1:22-25

O meu amigo Paulo Jr. falou, o Paulo Jr. avisou: "Para o religioso, o legalista, o fariseu, a cruz é sempre insuficiente, para o erudito, o intelectual, ela é demasiada e loucura!"

Para um, ela é pouco. Não basta crer naquilo em que a fé cristã está totalmente alicerçada.

Não basta. É preciso mais. Sempre mais: figurino novo, a aparência do que é santo e a coreografia religioso-evangélica. E dá-lhe banho de sal, visões, sinais e maravilhas, milagres, curas físicas... curas várias, interiores, exteriores e periféricas, pesquisa genealógica para ver-se quantas maldições hereditárias tem-se para quebrar e outros "passes" mágicos.

E venham lugares santos, de peregrinação, montes-de-oração-poderosos... Água? Só se for do Jordão.

E altares, físicos, materiais, templos contruídos por mãos humanas (e com direito a comissões ao empreiteiro!), Jerusaléns, até aquela da chamada "Terra Santa" (estado político, corrupto e inimigo dessa cruz e do crucificado, como tantos outros desse mundo), com direito a enfiarem as orações nos buraquinhos do Muro das Lamentações, senão ela não chega ao céu. Ah! E a bandeira do estado judaico no púlpito, como se esse, um estado político, fosse o Israel de Deus, circuncidado, quando muito, só no bilau do sujeito e não no coração.

E dá-lhe shofares (será berrante para chamar a boiada que concorda com tudo o que vem dos púlpitos? "Améeeem irmãããããos?"...).

Dá 10%! 10, não! Dá 20%, 30%... É pouco! Sacrifica mais. Deposita na sacolinha mais. Venha para a corrente dos setenta apóstolos ou dos quarenta ladrões vestidos de paletó e gravata que extorquem com apelos recheados de versos bíblicos mal-amarrados! Deus atende mais e com mais vontade ao que paga mais e mantém o saldo médio bem recheado, merecedor do cheque-especial no Banco do Senhor (será o São-Tão-Der?).

Não basta mais crermos no que Cristo fêz. É preciso um upgrade, uma actualização e ajuste ao que Ele disse já estar consumado.

Para o intelectual, racionalista, carnal, que só crê no que vê, toca ou sente, o cidadão do Império dos Sentidos, a cruz é sempre um exagero e loucura.

Dar-se? Negar-se a mim mesmo? Ofertar a melhor parte? Ser preterido, abrir mão dos direitos? Nunca. Isso é coisa de doido. Afinal, em algum lugar na Bíblia, diz isso e aquilo mais, sempre orientando-me que não é preciso. A pregação da moda, os cânticos do dia e a filosofia da hora é o pouparmo-nos, salvarmo-nos e livrarmo-nos de todo sacrifício - não é isso que Cristo fêz, então não preciso eu.

Eu quero é as regalias de ser filho do Rei. Ah! E não ficar na cauda, mas ser o cabeça, o principal, o maior dentre todos, o Apóstolo, ou, se der, como fez aquele conhecido picareta, impostor e falso-profeta, "Paipóstolo"!E por ai, vamos nós.

Nós, não. Me incluam fora dessa!

3 comentários:

  1. Marcello my brother, como vai?!

    Jesus foi enfático, simples e objetivo ao dizer que para entendê-lo teriam que crer N’Ele conforme DIZ A ESCRITURA (João 7:38), e não segundo a teologia do Pastor Fulano, Beltrano ou Cicrano.

    Temos presenciado um tempo em que a Palavra de Deus não tem sido mais a Única fonte e regra de fé e prática do cristianismo, onde se tem valorizado mais a opinião e filosofia de homens que estão em evidência no cenário evangélico do que o que diz a Bíblia Sagrada.

    Estamos vivenciando a era do ABRA-CADABRA, das palavras e orações temperadas com frases e terminologias místicas e metodologias miraculosas que, quando usadas e pronunciadas da forma correta trazem resultados rápidos e espetaculares (segundo os doutores desta nova teologia secularizada e mistificada).

    É a era do aqui e agora, onde as pessoas buscam o PÃO DA TERRA, mas rejeitam o ALIMENTO DO CÉU.

    As pessoas estão apelando para o FARO-ÍNTIMO e a famosa frase em nosso meio “EU SENTI DE DEUS”, está se tornando a verdade subjetivada de muitos, que rejeitam categoricamente o que disse o mestre como já mencionado anteriormente: “CONFORME DIZ A ESCRITURA”.

    A teologia da determinação, é uma versão “evangelicalizada” que sutilmente introduz a parapsicologia em nossas liturgias, com máximas tais como: “eu decreto, eu determino, eu exijo”, puro poder da mente mascarado com religiosidade em NOME DE JESUS!

    Como disse alguém: A Igreja do IDE passa a ser Igreja do VINDE, a evangelização passa a ser estratégia de marketing e os que se "convertem" para a igreja, passam a ser clientes e não ovelhas.

    Paulo nos dá um alerta em (2 Tm 4:1-4) : “ Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo ... Que pregues a palavra, instes, a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina; Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores, conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas”.

    Um abraço, Franklin

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  2. Vou bem meu camarada Franklin!!

    Sabe irmão, esse contexto da igreja contemporânea tem nos colocado em uma sinuca de bico. Antigamente, falavamos de Jesus com alguém, e se essa pessoa morasse longe de nossa casa ou igreja, mandavamos procurar uma igreja mais próxima.

    Hoje em dia eu não tenho mais coragem de fazer isso. Vez em quando eu tenho a oportunidade de falar de Cristo aqui com os companheiros do trabalho, adotei outra tática.

    Virei uma espécie de professor deles, compro Novos Testamentos com a linguagem de hoje, distribuo para os interessados e depois tiro as dúvidas que surgem sobre as Escrituras.

    Vou semeando, fazendo o plantio, regando, até perceber que obtiveram uma "maturidade" bíblica para separar o joio do trigo. Depois disso me sinto seguro de encoraja-los a buscar a comunhão em alguma igreja.

    São tempos difíceis!

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  3. kkk Adorei o texto, e concordo contigo sobre mandar alguém procurar a igreja mais próxima,hoje da vontade de manda-la passar bem longe dos Templos rss , eu entendo, ainda que faço parte de um. Mas o artigo é bem verdadeiro, acho que vou posta-lo no meu blog. Posso? Gosto muito do Rubinho Pirola!

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