Por Danilo Augusto
Da Radio Agência NP
No dia 17 de abril de 1996, 19 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram assassinados e 69 foram feridos pela Polícia Militar do estado do Pará.
Passados 15 anos do episódio – conhecido como Massacre de Eldorado do Carajás – nenhum dos envolvidos nos assassinatos está preso. Diante dessa inoperância e morosidade da Justiça, artistas de todo o Brasil exigem a condenação dos responsáveis pelo Massacre.
A atriz Priscila Camargo lamenta que dos 144 envolvidos na ação, apenas dois foram condenados.“Essa notícia deixa os artistas e todo o povo brasileiro muito triste. Não foi a primeira vez que a impunidade prevaleceu no nosso país. As pessoas devem entender que o trabalho que o MST faz é para todos. Estão lutando pelo direito que todas as pessoas têm: terra, moradia e trabalho. Eles lutam por todos. Quando vimos que 15 anos se passaram e nada foi feito, dá uma tristeza. É triste também saber que passou todo o governo Lula e ainda essas famílias e trabalhadores que sofreram essas perdas e choque horroroso continuam sem respostas.”
Os condenados, depois de conturbados julgamentos foram o coronel Mário Collares Pantoja, que pegou 228 anos de prisão e o major José Maria Pereira de Oliveira, que foi condenado à 158. Ambos aguardam julgamento de recurso em liberdade. Na época do Massacre, o presidente do Brasil era Fernando Herrinque Cardoso e o governador paraense era Almir Gabriel, ambos do PSDB.
Para a atriz Bete Mendes “é um choque nos depararmos com, passados 15 anos, ver permanecer impune o crime contra 19 trabalhadores rurais sem terra”. Já a cantora Leci Brandão espera que a presidente Dilma se comprometa com os movimentos do campo, e pague essa dívida que o Estado brasileiro deve os trabalhadores.
“Espero em Deus que a primeira mulher presidenta do nosso país, que é a Dilma Rousseff, tenha sensibilidade de fazer com que o Poder Judiciário faça definitivamente a reparação desses crimes hediondos, onde 19 trabalhadores foram assassinados. Que esses criminosos que cometeram os crimes sejam punidos e que haja definitivamente a reforma agrária nesse país. A sociedade brasileira e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra esperam uma resposta do Governo Federal.”
No dia do Massacre os sem terra bloqueavam a Rodovia PA-150 para forçar a desapropriação da área da fazenda Macaxeira, de 35 mil hectares. A atriz Cristina Pereira, que esteve no local antes do Massacre, relata a sua indignação com o descaso do governo brasileiro com o episódio.
“Eu quero expressar meu total apoio a luta do MST por justiça. Eu vi vários massacres contra trabalhadores rurais, e a maioria desses crimes ficaram impunes ou ainda estão submetidos à morosidade da Justiça. Quero mostrar minha indignação contra essa impunidade. Tive oportunidade de conhecer as pessoas que faziam parte daquele acampamento de Eldorado dos Carajás em 1996. Fiquei muito revoltada com tudo isso e estou prestando minha homenagem para meus amigos, que foram por poucas horas, que até hoje clamam por justiça.”
O ator Marcos Winter também relata que a impunidade no caso é uma vergonha para o Brasil. Ele afirma que está “junto às pessoas de bem que até hoje assistem assombrosamente o descaso com o Massacre”. Ele salienta que o Brasil “não pode esquecer jamais que o Massacre de Carajás é apenas mais um dos muitos fatos que envergonham o país e que os governantes não têm moral para resolver”.
Em 2002, o presidente Fernando Henrique Cardoso instituiu o 17 de Abril, como o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária.
Obviamente nenhum atentado contra a vida desse ficar ficar impune, infelizmente nosso país é um país sem lei, e isso deve ser mudado. Agora acreditar que o movimento MST é um movimento que luta por direitos de trabalhadores agrários e sem terra, é exigir demais da nossa boa vontade, essa organização é uma organização abusiva e criminosa! Basta olhar os rastros deixados pelos "inocentes e pobres" membros do MST ao longo da sua existência, lutas armadas, invasões de propriedades completamente legais e produtivas, fora os assassinatos que foram cometidos por eles, isso ninguém lembra??? Sinceramente, a funcionalidade de angariar terras para aqueles que não as tem já deixou de ser prática do MST faz muito tempo! O movimento MST me lembra muito certos pastores que começam com boa intenção e logo se corrompem se desviam da fé e tem a cara de pau de dizer que defendem a fé cristã genuína! Orando e agradecendo a Deus pelas suas propinas!
ResponderExcluirMas a pergunta agora é, alguma vez será que houve boa intenção desse movimento? Nem isso eu sei mais!
Abçs!
Hermano,
ResponderExcluirCreio que você não acompanhe o MST além das máterias sensacionalistas da direita brasileira. Caso acompanhasse, o seu discurso não seria tão raivoso, pois como sei que és um cara equilibrado, você levaria em conta todas as beneficies que esse movimento tem trazido para aqueles que estão bem aquém da nossa realidade urbana.
De cara concordo contigo que há exageros de alguns camaradas, que grupos políticos em momentos oportunos acabam usando esse movimento social que é ALTAMENTE RELEVANTE para interesses próprios.
Não aprovo nenhuma atitude violenta, mas não vivo em uma bolha, e sei que no meio do mato, enfrentado capangas armados de fuzis, nem sempre dá para usar somente uma bandeira branca amarrado num cabo de enxada, ainda sim, a desvantagem é notória.
O MST tem 19 anos de história e cerca de 1,5 milhão de afiliados. De acordo com o comando do movimento, cerca de 350.000 famílias foram assentadas até hoje e mais 80.000 vivem em acampamentos organizados pelo grupo. Com 1.800 escolas montadas, o MST tem cerca de 160.000 crianças estudando nos assentamentos, e 19.000 jovens e adultos envolvidos em programas de alfabetização.
Eu sugiro que você faça um acompanhamento mais próximo do MST para que possas fazer um julgamento mais justo.
http://www.mst.org.br/
Abraços fraternos!
Raivoso? Não me queira então me ver com raiva rapaz..rs
ResponderExcluirNão eu não tive raiva, apenas disse o que observo desse movimento.. O MST a tempos está péssimamente conduzido, dando exemplos claros do que se NÂO deve fazer para se garantir os próprios direitos, fica difícil fazer um paralelo com o cristianismo de paz e um movimento que gera a "guerrilhas", é muita mistura! Passo mal!
Agora quanto aos números eles parecem muito bonitinhos, mas irei pesquisar a respeito da eficácia disso ai conforme me indicastes, mas óbviamente não se pode também Marcelo, só se alimentar dos comunistas e ativistas Socialistas de esquerda,você não acha?
No final das contas acredito que que deve haver, como em tudo hoje, um sabão e uma boa bucha para limpar a casa suja e trazer de volta o cheiro bom da limpeza, porque do jeito que esse movimento se encontra não consigo parar para elogia-lo, mas apenas lamentar o quanto ele precisaria de mudanças para se tornar VERDADEIRAMENTE um cumpridor daquilo ao qual foi proposto!
Sacou a idéia??
Com muita calma e equilíbrio, teu brother!!!!
Bom meu chapa, sua opinião já está formada, então esse debate vai ser como enxugar gelo. Por mais que eu refute, você voltará sempre no mesmo ponto.
ResponderExcluirEntão faça uma pesquisa mais profunda, quem sabe você não consiga enxergar algo de bom no MST, mas se não encontrar, amém, essas são as vantagens de um país supostamente democrático que tanto amamos. Digo supostamente democrático pois apesar de termos direito a escolha, nossas idéias são manipulas todos os dias pela máquina midiática. Por isso não engulo o que me vem mastigado, gosto de triturar os fatos com meus próprios dentes. Capicce?
Então isso responde a sua insinuação de que me alimento somente dos vermelhos esquerdistas. Os dados que te passei são da Veja, revista da direita Marinho.
Os dois lados da moeda sempre mano...é já que você traçou um paralelo com os pastores no primeiro comentário, te pergunto: Vc deixa de congregar por conta da patifaria das instituições? Não. Vc retém o que é bom e continua fazendo o seu.
Por isso, mesmo com alguns equívocos minoritários, por conhecimento de causa e não apenas de ouvir falar, contínuo achando o MST altamente relevante para reforma agrária. Os números de assentamentos não são "bonitinhos" como disseste, na verdade, eles estão muito aquém do ideal, porém, tenho certeza absoluta que sem a pressão dos movimentos sindicais esse números seriam ainda menores.
Abraços fraternos do teu camarada que todo dia agradece ao Senhor por ter um teto para dormir.